segunda-feira, 14 de junho de 2010

FEIRA 2010 - Luizinho Gonzaga canta Gonzagão na Arena Cultural, às 18h30

O músico e musicoterapeuta Luizinho Gonzaga presta uma homenagem ao rei do baião, Luiz Gonzaga, nesta segunda-feira (14), às 18h30, no espaço Arena Cultural. Autor de trilhas sonoras para filmes, projetos e espetáculos teatrais, Luizinho pretende difundir o forró como movimento cultural brasileiro através de uma linguagem mais urbana.

O homenageado

Luiz Gonzaga do Nascimento, o Gonzagão, nasceu no dia 13 de dezembro de 1912, no sopé da Serra de Araripe, zona rural de Exu, no sertão de Pernambuco. O pai, Seu Januário, trabalhava na roça. Nas horas vagas tocava e consertava acordeão, instrumento adotado por Luiz para animar bailes, ainda criança.


Um dos maiores representantes da cultura nordestina, difunidu a sonoridade típica do sertão daquela região ao resto do País. O baião o consagrou nacionalmente. A canção emblemática de sua carreira foi Asa Branca, que Luiz compôs aos 35 anos de idade, em parceria com o advogado cearense Humberto Teixeira.

Após servir Exército no Rio de Janeiro, em 1939, Luiz se dedicou à música. Tocou em vários lugares, da zona às casas de respeito. De paletó e gravata, tocava choros, sambas, fox e gêneros da época. Em 1941, no programa de Ary Barroso, foi aplaudido ao tocar o baião Vira e Mexe. O sucesso rendeu um contrato com a gravadora Victor.

Gonzagão aderiu ao figurino de vaqueiro do cangaço. Pouco depois, em 1945, gravou sua primeira música como cantor, no estúdio da RCA Victor. A mazurca Dança Mariquinha foi composta em parceria com Saulo Augusto Silveira Oliveira. No mesmo ano, assumiu a paternidade de Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, o Gonzaguinha, filho de uma cantora de coro chamada Odaléia Guedes dos Santos.

Gonzaguinha foi criado pelos padrinhos, Dina e Xavier, com a assistência financeira do artista. O filho adotivo do rei do baião se tornaria mais tarde um dos mais importantes compositores do Brasil. Autor de músicas como Comportamento geral, Começaria tudo outra vez, Explode coração e Grito de alerta, entre outras, Gonzaguinha morreu aos 45 anos, vítima de um acidente automobilístico no Paraná, em 1991.

Gonzagão, que foi mestre do cantor Dominguinhos, casou-se com a professora pernambucana Helena Cavalcanti, sua secretária particular, em 1948. O artista sofria de osteoporose. Morreu no dia 2 de agosto de 1989, vítima de parada cárdio-respiratória, no Hospital Santa Joana, em Recife, PE. Seu corpo foi velado em Juazeiro do Norte e sepultado em Exu.

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