sexta-feira, 1 de julho de 2011

Hoje tem jazz do Pó de Café Quarteto no A Coisa

O projeto Jazz na Coisa abre a programação de julho do Espaço A Coisa, com o Pó de Café Quarteto, hoje (01), a partir das 22h. A casa fica na rua Amador Bueno, 1300, em Ribeirão Preto, SP. O ingresso custa R$ 10. O espaço não trabalha com cartão de crédito.

O quarteto formado por Bruno Barbosa (contrabaixo), Marcelo Toledo (sax), Leandro Cunha (piano) e Duda Lazarini (bateria) apresenta repertório de clássicos do jazz, fusões do gênero com outros ritmos e de música instrumental brasileira.

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A noite também conta com a participação do DJ Kcond, responsável pela programação sonora nos intervalos da música ao vivo, rolando som de vinil com jazz, blues, funk e soul. O artista plástico e cartunista Renato Andrade, é responsável pela criação do cartaz da 34ª edição do projeto Jazz na Coisa.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

ENTREVISTA - Larissa Nalini, do duo DuOlá

por Ale Carolo

Um pandeiro na mão, um repertório mais do que variado e talento suficiente para acompanhar um violão e encantar. Essa é Larissa Nalini, musicista que tem se destacado no cenário musical paulista. Percussionista de alma, também vai ao trompete, empunha um violão e canta, sem preconceito musical.


Larissa forma com o músico francano Eduardo Marson o duo DuOlá, proposta que surgiu em um encontro de amigos no litoral de São Paulo. Deu a química e pronto. Nascia alí a semente que agora germina nos palcos paulistas. Larissa também integra a banda 3Marias e o grupo Z4 Percussão Ambulante.

Em entrevista ao RPMusical, a artista fala sobre as nuances de um duo pandeiro e violão, diversidade de repertório, projetos de carreira, desafios da música instrumental, expectativas para o show desta quarta-feira (29), no Sesc Ribeirão, com participação do violonista e guitarrista Diego Figueiredo, entre outros assuntos.

RPMusical - O DuOlá interpreta Beatles, Tom Jobim, Jacob do Bandolim, Guinga, as quebradeiras de Eduardo Machado e muitos outros. De onde vem essa diversidade?
Larissa Nalini - Eita! Essa diversidade somos nós! Ouvimos de tudo, desde funk, soul, jazz, blues, até choro, samba, baião, frevo, maracatu, jongo, salsa, flamenco, etc. Aí que tá, tem que haver essa abertura, sem preconceito. Estar aberto para todo tipo de som, com certeza a música é um canal essencial para se conhecer outras culturas e outros povos. Estudando flamenco, por exemplo, conheci demais sobre a cultura dos povos ciganos e por aí vai.


Como surgiu a ideia de formar este duo?
Eu e o Eduardo já nos conhecemos há alguns anos. Nos conhecemos pela música. Tivemos um trio de MPB há uns três anos e a ideia de formar o duo apareceu por acaso, numa viagem que estávamos fazendo com uns amigos pra Ilhabela. Levei o pandeiro e ele o violão. Tocamos a noite inteira, de jazz e rock'n roll a choro. Aí, na segunda-feira, já nasceu o DuOlá.

Qual o critério de escolha do repertório? É um duo, um casamento. Como são distribuídas as tarefas?
Para o repertório o critério é: "tocamos o que gostamos e ponto", sempre dando uma certa atenção a essa diversidade de ritmos, que já virou nossa marca. Realmente, é um casamento, hahahahaha! Trocamos uns 15 e-mails por semana. Não é fácil! Mas as tarefas vão sendo distribuídas à medida que vão aparecendo. Geralmente fico com a parte de produção, divulgação, edição de fotos e vídeos. O Edu fica com os arranjos e da um help na produção também! Tudo nosso, hehe!



Quais os principais desafios do namoro pandeiro e violão?
Acho que o desafio surgiu desde o primeiro momento em que nos propusemos a ser um duo. Esse tipo de som tem que ser muito amarrado. Um é o alicerce do outro. Tem que haver muita química entre os dois. E entre nós é assim. Encontramos desafios o tempo todo. A diversão está aí, em arranjar jeitos de descolar mais uns quatro braços e tapar os buracos!

Qual a sua expectativa em relação ao show de hoje (29), com Diego Figueiredo, no Sesc Ribeirão?
Poxa, minhas expectativas para este show só não superam minha ansiedade. Cresci ouvindo falar do Diego, em Franca, e hoje a gente faz um show com ele. Pensa só? Feliz demais! O repertório é surpresa, mas dá pra garantir, respeitando a regra do duo, frisando a diversidade, vai de flamenco a baião.


Quais são os projetos e expectativas de carreira do DuOlá?
O duo tá no ápice agora. Estamos felizes demais com tudo o que tem acontecido pra nós e todas as portas que estão se abrindo. No segundo semestre devemos gravar nosso primeiro cd, que deve contar com participação de muitos amigos, como Eduardo Machado, etc.. Tem uma grande turnê no segundo semestre também, para a qual estamos atrás de patrocínio, para que aconteça. Ao que tudo indica, estamos no caminho.

Como você avalia a posição da música instrumental no interior paulista, em relação a público e também a incentivos, patrocínios, espaços para shows?
Acho que a música instrumental é um grande desafio, tanto no interior paulista quanto na capital. Com certeza é um público seleto, que procura esse tipo de música, então, consequentemente, os espaços para shows são cada vez mais escassos no interior. Felizmente, temos alcançado um público que normalmente não iria a um show de música instrumental, justamente pela diversidade do repertório. Então as atenções de possíveis incentivos e patrocínios estão se voltando para a música instrumental. Nossa intenção é continuar nesse caminho.

Além do duo, como estão seus projetos com o Z4 Percussão Ambulante e 3Marias?
3marias vai muito bem. Já estamos em fase de pré produção do nosso cd, que deve começar a ser gravado no ano que vem. Temos viajado por aí tocando. Mês passado estivemos no Rio produzindo as fotos de divulgação do trio e recentemente tocamos em Minas. O Z4 Percussão Ambulante é um projeto do James Mueller, percussionista do Funk Como Le Gusta. O grupo é formado por cinco percussionistas, um dj e um vj. Temos também um projeto de pesquisa dos ritmos, tanto do Brasil quanto África, Cuba, etc.. Fazemos shows por aí, principalmente em Sampa. Aprendo a cada ensaio com eles. É um grupo que tenho honra em fazer parte.

Apesar de seu trabalho forte de percussão, você foi indicada para a final do concurso "Vale cantar Noel", do 22º Prêmio da Música Brasileira, tocando violão e cantando Rapaz Folgado. Qual a sua expectativa?
Isso tem me dado um certo incentivo a talvez tentar uma carreira solo, mas, como não sou vocalista nem violonista, estou com um pé atrás (risos), apesar de já haver alguns incentivos de produtores, etc.. As votações vão até dia 30 de junho e o resultado sai no dia 2 de julho. Os três mais votados vão pra premiação, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O primeiro lugar leva um prêmio em grana.

Confira a performance de Larissa em Rapaz Folgado, de Noel Rosa.
Para votar, clique aqui.


Duo DuOlá convida o quitarrista Diego Figueiredo, quarta-feira (29), às 21h, no Sesc Ribeirão Preto


O duo DuOlá, formado pelos músicos Eduardo Marson e Larissa Nalini, apresenta leituras contemporâneas de clássicos da música, nesta quarta-feira (29), a partir das 21h, no Sesc Ribeirão. A dupla será acompanhada pelo violonista e guitarrista Diego Figueiredo.

Eduardo e Larissa possuem um repertório que vai do choro e baião ao rock e soul, reforçado desta vez pela suingada de Diego, uma das boas revelações da música instrumental brasileira. Os ingressos custam de R$ 2,50 a R$ 10. O Sesc fica na rua Tibiriça, 50.

terça-feira, 28 de junho de 2011

André Mehmari apresenta concerto solo, nesta terça-feira (28), às 20h30, no Theatro Pedro II

                                                                                                         Maristela Martins

O multinstrumentista, arranjador e compositor André Mehmari apresenta, nesta terça-feira (28), às 20h30, no Theatro Pedro II, em Ribeirão Preto, SP, um concerto solo ao piano, com repertório baseado na turnê realizada pelo músico no Japão. A apresentação integra a Temporada de Música de Câmara, projeto da Fundação D. Pedro II, Grupo Pró-Música e USP-RP.
Divulgação
Nascido em Niterói, RJ, criado em Ribeirão Preto e radicado em São Paulo, Mehmari esteve recentemente em países como a Alemanha, Irlanda e Finlândia para uma turnê europeia do CD Gismontipascoal, acompanhado pelo bandolinista Hamilton de Hollanda. Esta semana, o músico deve retornar à Europa para outra temporada.

Na apresentação de hoje, André Mehmari vai apresentar arranjos inéditos, com muito improviso, de canções de Milton Nascimento, Chico Buarque e Tom Jobim, entre outros compositores brasileiros consagrados. O músico de 34 anos possui mais de 14 CDs no currículo, com temas populares e eruditos.

O CD Gismontipaschoal, que homenageia o ecletismo dos músicos Egberto Gismonti e Hermeto Paschoal, considerados ídolos de Mehmari, concorre ao Prêmio da Música Brasileira deste ano, na categoria de álbum instrumental. No segundo semestre de 2011, o músico deve lançar CD duplo Canteiro, sua primeira obra apenas com canções.

Com 29 faixas, o novo CD conta com a participação de 15 cantores, 10 letristas e 20 instrumentistas. Canteiro foi gravado, mixado e produzido no estúdio Monteverdi, selo do próprio Mehmari, montado na casa do músico, na Serra da Cantareira, capital paulista. Os ingressos para a apresentação de hoje custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Estudantes não pagam. Informações pelo telefone (16) 3977-8111.