sexta-feira, 10 de maio de 2013

Toda segunda-feira tem noite de Choro em Ribeirão


Quem disse que segunda-feira é dia fraco na música? Pois tem muito Choro de Ernesto Nazareth, Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo, Pixinguinha e outros mestres, interpretados por músicos do Projeto Choro da Casa, que acontece toda segunda-feira, das 20h às 23h, no Bar do Chorinho, em Ribeirão Preto, SP. É grátis!



Um turma talentosa, formada pelos músicos Alexandre Peres, Alessandro Amaral, João Roberto, Danilo Growald, Luis Cipriano, Jefferson Roani, Rafael Martelli, Francisco Chico, Filipe Cardoso, Ricardo Perez, entre participações especiais. O bar fica na Rua Iara, esquina com a Rua Daniel Kujawski, a uma quadra da Avenida Francisco Junqueira.

O poeta da música


Murilo Pinheiro *

O cinema, finalmente, acordou para a música. Depois do filme do Cazuza e dos documentários sobre a Tropicália e Raul Seixas chegou a vez do ícone do rock das décadas de 80 e 90. “Somos tão jovens” é uma biografia cinematográfica da curta e fértil carreira de Renato Russo que morreu de complicações provocadas pela Aids, aos 36 anos, em 1996.

O filme resgata a genialidade das composições de Renato Russo, a começar pela clássica sacada na música “Que país é este? Escrita em 1978, na fase da primeira banda “Aborto Elétrico”, mais tarde a música foi incorporada ao repertório definitivo da Legião Urbana. "Nas favelas, no Senado, sujeira para todo lado. Ninguém respeita a Constituição, mas todos acreditam no futuro da nação.” Atualíssima!

Uma das grandes curiosidades do público sobre os artistas mais expressivos é descobrir a sua fonte de inspiração, de onde vem o processo criativo capaz de extrair das coisas simples da vida algo que possa transcender e sensibilizar outras pessoas.

O escritor de Araraquara, Ignácio de Loyola Brandão, costuma andar com um pequeno bloquinho de notas no bolso, onde rabisca e registra os pequenos flagrantes da realidade que servirão para dar vida à literatura. É nessa hora fugaz que a abstração toma forma para se encaixar no quebra-cabeça da vida ou para subverter a ordem estabelecida. Assim está vaticinado no “Teatro dos Vampiros” de 1991. “Este é o nosso mundo: o que é demais nunca é o bastante. E a primeira vez é sempre a última chance.”

Quem lê a seco, sem som, as letras do rebelde Renato Manfredi Júnior não depreende que daqueles versos, sem métrica e sem lógica comum, podem verter a música em forma de poesia ou eclodir uma bela autocrítica tal qual aparece em Eu Sei. “Sexo verbal não faz meu estilo, palavras são erros e os erros são seus. Não quero lembrar que eu erro também. Um dia pretendo tentar descobrir, porque é mais forte quem sabe mentir. Não quero lembrar que eu minto também.”

Mas afinal, qual é o segredo para composições tão geniais que viajavam pelos universos de Freud, Yung e Rousseau. Na “camufla”, Renato dava uma de psicólogo e de jornalista. Às escondidas, gravava em fita cassete as conversas com pessoas próximas. Era dali que retirava a matéria-prima para as composições, sugava as histórias da vida, as suas e as alheias.

Bem, todo texto, música ou filme fica melhor quando tem uma historinha de amor no meio. O filme conta que Renato Russo teve uma namoradinha, a “Aninha”, aquela criatura meiga, compreensiva e companheira de todas as horas. Apaixonada, ela sabia da sua homossexualidade ainda não totalmente assumida e estava sempre do seu lado para oferecer o ombro amigo diante das constantes excentricidades, atitudes egocêntricas e loucuras do roqueiro.
Divulgação
Ator Thiago Mendonça interpreta o cantor e compositor Renato Russo, no filme "Somos tão jovens" 

A doce Aninha só ficou “p” da vida quando descobriu que o seu amado também gravava as suas conversas íntimas para servir de inspiração. Antes de romper a relação por esse “uso” indevido, a namorada havia contado que sonhava com o dia em que o amado fizesse uma música só para ela, com as lindas declarações de amor, que só um gênio da música como Renato Russo poderia escrever.

A cândida Aninha só queria matar de inveja todas as mulheres do mundo. Afundado na fossa, remoendo o remorso e fazendo de tudo para reconquistar a namorada, em 1985, Renato Russo fez “Ainda é Cedo” no exato momento em que a Legião Urbana embalava com seus acordes a vida da juventude brasileira. (texto retirado do blog Visão do Front, no site da Revide)

* Murilo Pinheiro é diretor da revista Revide, jornalista/UFSM e mestre em Administração de Empresas

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Pianista Thais Costa se apresenta em Ribeirão Preto hoje (9), às 21h, na Casa do Dedé


A pianista, cantora e compositora Thais Costa se apresenta hoje (9), a partir das 21h, no bar Casa do Dedé, em Ribeirão Preto, SP. A artista, que vive no Rio de Janeiro, volta a Ribeirão onde tocou em praticamente todos os locais onde havia música ao vivo. O bar fica na Rua Maestro Villa Lobos, nº 314.


Segundo Thais, a música faz parte de sua vida desde que nasceu. "Sempre tivemos piano em casa, portanto, comecei a falar quase que em cima de um. Comecei estudar piano desde os quatro anos. Morava em Araçatuba e comecei com professoras particulares e, depois, no colégio das irmãs que tinham um curso regular", conta.

Aos 10 anos, a pianista foi indicada para participar de um concurso em São Paulo, onde havia alunos de grandes feras da música clássica, como Magdalena Tagliaferro, Menininha Lobo, Guiomar Novaes, entre outras. "Consegui um terceiro lugar, mas fui 'adotada' por Menininha Lobo, que convenceu minha família a me deixar estudar com ela em São Paulo".

Ela estudou dos 10 aos 17 anos, viajando toda a semana entre Araçatuba e São Paulo. Na ocasião, teve várias oportunidades, inclusive de tocar em orquestra. No entanto, as cansativas viagens semanais começaram a pesar. Desistiu dos estudos musicais após ter sido indicada para estudar na Bélgica, mas foi impedida.

Entrou na faculdade de Medicina, mas não seguiu carreira "para sorte da população", como costuma brincar. Quando voltou à música, descobriu os encantos da Música Popular. Começou também a cantar. Passou a tocar frequentemente em São Paulo, Ribeirão Preto e outras cidades do interior. Fez uma temporada em Ilhabela, no litoral, onde ficou por dois anos.

Começou também a compor. A maioria de suas composições tem letra e música, pois também é letrista. Amiga de muitos músicos de Ribeirão Preto, Thais volta à cidade para matar a saudade e mostrar um pouco de sua arte. Uma apresentação hoje rara e imperdível, na Casa do Dedé.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Show de Maria Bethânia em Ribeirão Preto é adiado para 8 de outubro, segundo empresa organizadora


De acordo com matéria publicada pela Folha de S.Paulo, o  show "Carta de Amor", de Maria Bethânia, foi adiado para o dia 8 de outubro. Marcado inicialmente para o próximo sábado (11), no Theatro Pedro II, o show teve a data modificada pela BRC Eventos, empresa organizadora, que alegou "problemas técnicos e de logística".

A BRC informou que a mesa de som utilizada pela cantora quebrou domingo passado, no show em Brasília, DF, e que não haveria tempo hábil para consertar o equipamento.

A nova data, definida pela BRC, é 8 de outubro e, segundo a Fundação Pedro II, quem comprou os ingressos para o dia 11 tem a opção de reaver o valor gasto na bilheteria do Theatro, a partir do dia 13 de maio.

Os ingressos inteiros custaram de R$ 500 a R$ 800. Até o dia 3 de maio, última sexta-feira, mais de 600 pessoas haviam comprado ingressos. O Pedro II tem capacidade para pouco mais de 1,4 mil espectadores. (com informações da Folha de S.Paulo)

Preços dos ingressos

Em Ribeirão Preto, os valores dos ingressos para o show de Bethânia custaram de R$ 500 a R$ 800 (inteira) e R$ 200 a R$ 400 (meia), a depender do local do Theatro Pedro II. Os valores foram superiores aos cobrados nas apresentações da cantora baiana em Goiânia e Brasília, este mês.

De acordo com matéria publicada no G1, o 1º lote de ingressos para show da cantora em Brasília, DF (onde a mesa de som quebrou), realizado dia 5 de maio, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, teve preços entre R$ 150 a R$ 600.

Ainda de acordo com o G1, na Agenda de Shows do portal, o espetáculo "Cartas de Amor", realizado no Teatro Rio Vermelho, em Goiânia, GO, dia 3 de maio, teve ingressos vendidos por R$ 300 a R$ 560 (inteira) e de R$ 150 a R$ 280 (meia-entrada). (com informações do G1)

Uma Coisa Explode no Kaiser II agita Ribeirão, sábado (11), a partir das 21h, com muito Blues


A segunda edição do Uma Coisa Explode no Kaiser vai animar a noite deste sábado (11) nos Estúdios Kaiser de Cinema, em Ribeirão Preto, SP. Bandas de Blues e DJs vão agitar o encontro que começa às 21h de sábado e invade a madrugada de domingo, até às 4h. O evento é uma parceria entre Estúdios Kaiser e Espaço A Coisa

A noite será aberta às 21h pelos Djs Henrique Faleiros, Rafa Russo & Oldfellas. Em seguida, às 22h, é a vez da Rod Of Blues, uma das maiores revelações do gênero em Ribeirão Preto. Esse ano, a banda gravou o seu primeiro CD para divulgação e já tem recebido críticas positivas.


O Show é contagiante, passeia pelas vertentes do blues, soul e jazz, fazendo com que a madrugada seja vivenciada pela música explosiva do grupo. Projeto idealizado pelo guitarrista Rodrigo Oficiati, o Rod Of Blues abrange o melhor dos estilos musicais que serviram de berço para a evolução da musica moderna, o blues e o jazz.

"Neste universo musical, mostramos um pouco de cada estilo, abrindo portas para o improviso". A banda tem um objetivo único, levar cultura e boa musica ao público, interagir, improvisar, contando um pouco da história desses gêneros musicais universais.

No soar da meia-noite, João da Gaita & O Blues de Bamba entram para arrepiar. João, jovem nascido em meados da década de 1980, é um apaixonado por Blues. Aos 11 anos teve seu primeiro contato com o estilo. Suas Influências vão desde a gaita de Little Walter e Sonny Boy Williamson II, passam pelos lendários Paul Butterfield, James Cotton, Junior Wells, até o virtuoso Jason Ricci.

Em 2002, João começou a cantar e compor. Irreverente, técnico e dono de um timbre único desenvolveu um estilo, revelando toda paixão pelo blues. A banda de João é composta por Paulinho Zambianchi (guitarra), Alexandre Rodarte (contrabaixo), Beto Leoneti (teclado) e Enio José (bateria).

Sônia Paschoalick, vocal da Blues Insônia
A terceira banda a se apresentar é a Blues InSônia, a partir da 1h30. Formado em meados de 2011, em Ribeirão Preto, o grupo tem como foco o Blues e o Rock. Com interpretações originais, na voz de Sônia Paschoalick, a Blues InSônia vai dos clássicos até as faixas mais contemporâneas, tanto nacionais quanto internacionais.

Para encerrar a noite, às 3h sobe ao palco a banda Pé no Saco Blues, essencialmente mineira, desencontrada há pouco mais de três anos em Ribeirão Preto. Misturando Blues à literatura, poemas "marginais" e improvisos, bem como composições próprias, todas as músicas são escritas na língua portuguesa, brasileira e universal.

Na oportunidade haverá galeria de arte e a exibição do filme Tomates Verdes Fritos (1991), uma comédia dramática norte-americana, dirigida por Jon Avnet. Na saída da sessão, serão servidos tomates verdes fritos a quem assistiu ao filme. O ingresso para a noitada custa R$ 15. O estacionamento é limitado em 100 carros e custa R$ 5. Os Estúdios Kaiser de Cinema ficam na Rua Mariana Junqueira, 33.

Bia Macedo leva o melhor da MPB ao Aperitivo do Sesc Ribeirão, domingo (12), das 11h às 13h


A cantora Bia Macedo leva à Área de Convivência do Sesc Ribeirão, grandes clássicos da MPB, neste domingo (12), das 11h às 13h. O show é gratuito. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3977-4477.

A artista, que vive em Araraquara, SP, nasceu em João Pessoa, PB. Ainda jovem, mudou-se para Tietê, SP, onde começou sua carreira musical. Formada pelo conservatório Carlos de Campos, de Tatuí, SP, Bia também é radialista.

Show de Maria Bethânia em Ribeirão Preto é cancelado por motivos técnicos e de logística



O show da cantora Maria Bethânia em Ribeirão Preto, que seria dia 11 de maio, no Theatro Pedro II, foi cancelado pela BRC, empresa responsável pelo evento, a qual alegou "motivos técnicos". A Coordenadoria de Comunicação Social (CCS) da prefeitura enviou a seguinte nota:

"A BRC Eventos, responsável pela organização do show da cantora Maria Bethânia, que seria realizado no dia 11 de maio, no Theatro Pedro II, informa que o evento foi adiado, por motivos técnicos e de logística. Nova data para o segundo semestre será comunicada em breve. Os clientes que adquiriram ingressos poderão reavê-los na bilheteria do teatro. (a partir do dia 13/05/13)."

terça-feira, 7 de maio de 2013

O contrabaixista Rubem Farias toca no Quinta Jazz, dia 9 de maio, a partir das 21h, em Franca, SP

O contrabaixista baiano Rubem Farias e sua banda participam, nesta quinta-feira (9), a partir das 21h, do Quinta Jazz no Noite Nossa Bar, em Franca, SP. O músico já trabalhou com Gilberto Gil, Fafá de Belém, Cláudio Zoli e Vanessa Jackson, entre outros artistas. O Noite Nossa fica na Avenida Major Nicácio, nº 2287 - Jardim Luiza.


Nascido em Salvador, BA, no dia 16 de janeiro de 1986, Rubem Farias Santana aprendeu os seus primeiros acordes com seu tio Januário, aos quatro anos. Desde cedo gostava muito de ouvir rádio e escutava de tudo. Sua primeira apresentação foi aos 7 anos em um congresso de igrejas evangélicas realizado na Liberdade, em Salvador.

Aos 9 anos, Rubem foi para São Paulo com a família. Aos 13 prestou o concurso para nível intermediário na Universidade Livre de Música Tom Jobim (ULM) e passou. Foi ai que conheceu Gabriel Bahlis, músico e educador responsável por sua formação e parte de suas influências.

A partir dos 16 anos, tocou em algumas bandas, entre elas, a Tribal Trio que depois passou a se chamar Tribo Trio. No mesmo período integrou o grupo instrumental Suassuna, o que gerou o método "Curso Completo de Contrabaixo" (2003 - ed. Escala). Aos 17 anos, gravou disco com a banda Jamp, com trabalhos na MTV e shows em São Paulo. Em 2007 trabalhou no SBT, como produtor musical.

Hoje Rubem Farias é multinstrumentista, compositor, arranjador e cantor. Suas influências são as mais variadas: de John Coltrane a Tom Jobim; de Cartola a Wes Montgomery; de Nico Assumpção a Cânticos da Harpa Cristã. "Tudo isso eu jogo num caldeirão e faço uma sopa maravilhosa que alimenta minhas ideias".

Confira a performance de Rubem Farias acompanhando o trombonista Bocato e seu quarteto no Sesc Brasil, em 2010. Também integram a banda os músicos Crhys Galante (percussão), Marco Costa (bateria); e Bruno Alves (teclado).

Alessandro Machado se apresenta hoje (07), às 20h, no projeto Amigos da Casa do Pedro II


O cantor Alessandro Machado apresenta o espetáculo Assim Sou Eu, pelo projeto Amigos da Casa, da Fundação Pedro II. O show será nesta terça-feira (7), a partir das 20h, no Theatro Pedro II, em Ribeirão Preto, SP. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3977-8111.

Compositor, percussionista, violonista e produtor musical, Alê Machado nasceu em berço sonoro. Filho do percussionista Gera Machado e sobrinho dos violonistas e guitarristas Carlinhos e Filó Machado, o músico tem na veia a MPB, o jazz e o samba. Uma mistura que promete sacudir o Theatro Pedro II nesta terça-feira. Vale a pena conferir !

Choro da Villa - programação de 07 a 12 de maio


O Bar Choro da Villa apresenta a programação desta semana, sempre rica em talentos. O bar fica na Avenida Santa Luzia, nº 215, em Ribeirão Preto, SP.

Dia 07, terça-feira
Horário: 19h30
Músicos: Valdecir Bellíssimo, França Musse, Iara Restini e Jefferson Roani
Som: MPB, Samba e Choro.
Couvert: R$ 5

Dia 08, quarta-feira
Horário: 19h30
Músicos: Piquete, França, Iara e Jefferson
Som: MPB e Samba.
Couvert: R$ 5


Dia 09, quinta-feira
Horário: 19h30
Músicos: Perereca, Bruno Barbosa e Duda Lazarini
Som: Samba-Rock e Samba
Couvert: R$ 5






Dia 10, sexta-feira 
Horário: 19h30
Músicos: Alexandre Peres, Danilo Growald, João Roberto e Ricardo Perez
Som: Projeto Choro da Casa
Couvert: R$ 7


Dia 11, sábado (1º Tempo)
Horário: 16h
Músicos: Dimi Zumquê e grupo Tamanco Malandro
Som: Sambas clássicos
Couvert: R$ 10 (para as duas atrações da noite de sábado)



Dia 11, sábado (2º Tempo)
Horário: 20h
Músicos: Trio Machado, com Alessandro, Carlinhos e Gera
Som: MPB, Samba-Jazz e Samba
Couvert: R$ 10

Dia 12, domingo 
Horário: 19h
Músicos: Valdecir, França, Iara e Jefferson
Som: MPB, Samba e Choro
Couvert: R$ 5

Homenagem do luthier José Duarte à passagem do amigo e colega de profissão Raphael Guzzardi


José Duarte *

Hoje (segunda-feira) Ribeirão perdeu uma das maiores promessas do mundo da luthieria. Raphael Guzzardi era sem dúvida um dos luthiers em maior ascensão na construção de instrumentos musicais e já caminhava para um reconhecimento nacional.

Uma dengue hemorrágica interrompeu uma carreira batalhadora que estava muito perto de realizar seu grande sonho: ser uma pequena fábrica com marca e identidade muito próprias; onde tudo seria feito a mão do jeito caprichoso do luthier.

Não há contorno que nos distraia, não há madeira que nos segure, não há tensor que nos firme tampouco acabamento que nos retoque. Hoje Raphael, é hora de agradecer seu trabalho árduo dos últimos dez anos e tudo que você fez pela cidade; pelos clientes; pelos amigos e por seus familiares.

Que sua passagem seja serena e que seus familiares tenham forças pra suportar sua ausência. Quem sabe as nuvens comecem a tomar formatos de guitarras, violões e baixos pelos céus da eternidade....

Obrigado!

* Duarte é luthier


segunda-feira, 6 de maio de 2013

Oswaldo Montenegro diz ao RPMusical que vai fazer valer a expressão "ao vivo" no Pedro II


O cantor e compositor carioca Oswaldo Montenegro apresenta o espetáculo "De Passagem", quinta-feira (9), a partir das 21h, no Theatro Pedro II, em Ribeirão Preto, SP. Aos 57 anos, sendo 31 de carreira, o artista possui 42 CDs e sete DVDs gravados (dois CDs de ouro, um de platina e um DVD de ouro).

                                                                                                                    Divulgação


Em entrevista ao RPMusical, Oswaldo Viveiros Montenegro disse que sua expectativa para a apresentação em Ribeirão Preto é das melhores. "Adoro tocar nesse teatro (Theatro Pedro II) e pretendo fazer um show conversando com o público, levando a expressão 'ao vivo' a seu significado mais radical", disse o artista.

Além dos sucessos consagrados, ele vai apresentar canções do álbum de inéditas "De Passagem", lançado em 2012. Em seu novo show, o artista toca violas de 6 e 12 cordas, além de piano, com destaque para as faixas “A vida quis assim” e “Eu quero ser feliz agora”, essa última que alterna balada com canto ralentado.

Para Oswaldo, "De Passagem" é um álbum de músicas inéditas e como tal acaba representando o momento de sua vida. "Eu escrevo sobre o que acontece comigo, sobre o que me contaram, sobre o que vi e sobre o que imaginei. Às vezes me perco e misturo essas coisas todas. Deixo as coisas acontecerem naturalmente porque preciso fazer com paixão o que faço, para honrar o imenso privilégio de trabalhar no que gosto".

Além da multiplicidade de estilos, do xaxado ao blues, balada, baião, canção, Oswaldo Montenegro conjuga ceticismo, rebeldia e dialética nas letras, suas (na maioria) e de outros autores. Sobre seu processo de composição, ele diz: "Normalmente componho sozinho, mas quando a parceria acontece, é uma benção. Considero compor junto um momento de extremo amor e intimidade".

Os ingressos para o show desta quinta-feira custam R$ 100 (inteira) e 50 (meia) para plateia, frisas e balcão nobre; e R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia) para balcão simples e galeria. O Theatro Pedro II fica na Rua Álvares Cabral, nº 370 - Centro.

DESTAQUE: O talento musical dos irmãos Elias


Renato, 29, e Luis Fernando Elias, 27, nascidos em Guará, a 92 quilômetros de Ribeirão Preto, SP, são irmãos. Jovens simples, bem humorados, com o sobrenome da Silva, têm contato com a música desde crianças. Na cola do pai, João Luis da Silva, aprenderam a arte musical "de ouvido", como se diz por aí. Sobre o pai, "um grande professor", se orgulham os irmãos.

Renato e Luis Fernando Elias, talentos de Guará, SP, para o mundo

Assim, de bate pronto, o leitor menos atento pode logo associar: caipiras, dupla sertaneja. Mas se engana quem imagina a cena de dois pirralhos de pés encardidos ouvindo apenas o "som rural" do interior paulista. "Sempre ouvimos de tudo, procurando garimpar o que cada estilo tem de melhor. Meu pai sempre incentivava a gente a ouvir de tudo, do sertanejo raiz ao rock metal, sem preconceito e restrições", afirma Renato.

De fato, quem conhece o som desses irmãos, logo enxerga que ali estão dois talentos legítimos, sem rótulos, sem fronteiras, que entendem a música como uma arte. Renato, o mais velho, tem o violão como instrumento do coração. Mas também aprendeu teclado, guitarra e contrabaixo, por "tocar na noite".

Já Luis Fernando elege o acordeom como instrumento de coração. Se me permite o texto em primeira pessoa, eu acho que também é o instrumento da alma. Técnica bem apurada, arranjos bem feitos, uma pitada de virtuose e criatividade dão ao músico a condição de figurar entre os grandes acordeonistas brasileiros.

Luis Fernando ao lado do percussionista Deva Mille
Além do acordeom, também por conta da estrada e do talento, Luis Fernando toca viola, violão, teclado, cavaquinho e gaita. "Nos inspiramos em grandes músicos, como Dominguinhos, Sivuca, Hermeto Pascoal, Luis Gonzaga, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Sergio Reis, entre vários outros artistas e compositores", revela Luis.

Mas há pedras no caminho. "O músico profissional enfrenta várias dificuldades. A primeira, e mais difícil, é se encaixar no mercado e conquistar respeito e carinho do povo com o seu trabalho. Existe um preconceito muito grande com os músicos, pois não há um reconhecimento profissional adequado à categoria, marginalizada pela opinião pública", diz Renato.

Com a licença de novamente lançar mão do texto em primeira pessoa, compreendo o tom de lamento da afirmação de Renato. Realmente não há um reconhecimento profissional adequado à categoria. Pelo menos àquela que respeita a importância e amplitude artística da música. Que não se rende à incoerência, que não vende a alma ao dinheiro.

Carreira - Os irmãos Elias, junto com o pai, se apresentam frequentemente em cidades do interior paulista. Também dão aulas particulares. Uma rotina normal, para qualquer músico profissional fora da grande mídia. E quais seriam os planos para o futuro? Além de trabalhar para conquistar seus públicos, os irmãos resolveram se aprimorar.

Em 2007, Renato e Luis Fernando procuraram o conceituado violonista mineiro Ronaldo Sabino com o objetivo de dar mais um passo importante na trajetória profissional. Os irmãos resolveram cursar uma faculdade de música. Optaram pelo curso de Licenciatura Plena em Música, da Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp), pela proximidade com Guará.

Ronaldo Sabino, cujo nome de batismo é Ronaldo Rodrigues Coelho, nascido em Pratápolis, MG, em 1971, se mudou para Franca, SP, em 1982. Três anos depois, aos 15 de idade, iniciou sua formação musical como violonista, popular e erudito. Aos 19 anos iniciou a sua carreira profissional. Sabino é professor de música há mais de 20 anos.

Irmãos Elias com parte da turma de Licenciatura Plena em música
A orientação e preparação de Renato e Luis Fernando os levaram, em 2011, ao bloco 1 da Unaerp, onde funciona o curso de música. Em 2013, ambos se preparam para apresentar o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), em meados do ano. Será o passaporte para o título de professores de música.

Confira a entrevista dos irmãos Elias concedida, em abril deste ano, ao músico, filósofo e professor Nando Araújo, apresentador do programa Conversa Afinada, canal 10 (TV Unaerp) da NET Ribeirão.

domingo, 5 de maio de 2013

Ary Barroso é tema de palestra, nesta segunda (6), das 19h às 21h30, na Biblioteca Padre Euclides


O musicólogo, jornalista, radialista e produtor musical Zuza Homem de Mello apresenta a palestra Ary Barroso e a Era de Ouro da Música, nesta segunda-feira (6), das 19h às 21h30, na Biblioteca Padre Euclides, em Ribeirão Preto, SP. A atividade integra a programação em comemoração ao 110º aniversário da Biblioteca, parceira da Oficina Cultural Cândido Portinari.

As vagas são limitadas a 50 pessoas. A Oficina Cultura Cândido Portinari fica na Rua Visconde de Inhaúma, nº 490, 1º andar do Edifício Padre Euclides - Centro de Ribeirão Preto. Informações podem ser obtidas pelos telefones (16) 3625-6161 e 3625-6970.


Um dos expoentes da chamada "Era de Ouro" da música popular brasileira, dos anos 1930 e 40, Ary Barroso foi a personalidade mais fascinante no meio dos compositores de sua época. Além de pianista e compositor, Ary foi locutor de futebol, animador de programas de calouros e boêmio. Entre suas 264 canções, estão clássicos como “Aquarela do Brasil”, “No tabuleiro da baiana” e “Os quindins de laiá”.

Palestrante - Zuza Homem de Mello é membro e ex-presidente da Associação dos Pesquisadores da MPB. Às vésperas de completar 70 anos, sendo quase 40 deles dedicados ao garimpo e estímulo do que há de melhor na produção nacional, José Eduardo Homem de Mello, não se cansa de ouvir e de procurar talentos semi-escondidos ou esquecidos.

Zuza é um dos curadores do Tim Festival, marcado para outubro, no Rio de Janeiro, e que promete seguir a linha daquele que era o festival brasileiro mais interessante dos últimos anos: o "Free Jazz". Publicou os livros Música Popular Brasileira Cantada e Contada (1976), A Canção no Tempo (co-autoria de Jairo Severiano), João Gilberto (2001) e A Era dos Festivais (2003).

Confira abaixo o documentário sobre a vida e obra do compositor Ary Barroso, com direção de Dimas Oliveira Junior e Luis Felipe Harazim, realizado pela Rede STV SESC SENAC.


Ary Barroso, em resumo *

1903  Em 7 de novembro nasce, na cidade de Ubá, em Minas Gerais, Ary Evangelista Barroso.

1911  Seus pais morrem e ele passa a ser criada pela avó, Gabriela Augusta de Rezende, e pela tia professora de piano, Rita Margarida de Rezende.

1915  Começa a trabalhar como pianista auxiliar no Cine Ideal, apesar do empenho da avó e da tia em fazê-lo padre.

1918  Aos 15 anos, compõe o cateretê "De longe" e a marcha "Ubaenses Gloriosos".

1920  Muda-se para o Rio de Janeiro.

1921  Matricula-se na Faculdade de Direito.

1922  Reprovado na faculdade, começa a fazer fundo musical para filmes mudos no Cine Íris.

1923  Passa a tocar com a orquestra do maestro Sebastião Cirino.

1928  Contratado pela orquestra do maestro Spina, de São Paulo, para uma temporada em Santos e Poços de Caldas. Nessa época, Ary resolve dedicar-se à composição. Compõe "Amor de mulato", "Cachorro quente" e "Oh! Nina", em parceria com Lamartine Babo.

1929  A música "Vamos deixar de intimidade" é gravada por Mário Reis e se transforma no seu primeiro sucesso. Conclui a Faculdade de Direito.

1930  Fica em primeiro lugar no concurso da Casa Edisor com a marcha "Dá nela". Com o dinheiro do prêmio, casa-se com Ivone Belfort de Arantes.

1931  Ary escreve a música "A grota funda", que, depois, tem a letra alterada por Lamartina Babo e se transforma no sucesso "O rancho fundo".

1932  Vai trabalhar na Rádio Phillips como pianista, mas logo se torna, também, locutor esportivo, humorista e animador.

1934  Cria na Rádio Cosmos, de São Paulo, o programa "Hora H".

1935  Leva o programa "Hora H" para a Rádio Cruzeiro do Sul, no Rio de Janeiro.

1937  Lança, na Rádio Cruzeiro do Sul, o programa "Calouros em Desfile", onde obrigava os candidatos a só cantarem músicas brasileiras. Depois, essa atração vai para a TV Tupi.

1938  Vai para a Rádio Tupi onde atua como lucutor, comentarista, humorista e ator.

1939  Lança, no espetáculo 'Joujox et balagandans', de Henrique Pongetti, o samba "Aquarela do Brasil".

1944  Pela primeira vez vai aos Estados Unidos e compõe, para o filme 'Brasil', a música "Rio de Janeiro", que é indicada ao Oscar.

1946  Ary é eleito o segundo vereador mais votado do Rio de Janeiro, então Distrito Federal.

1955  No dia 7 de setembro, Ary e Villa-Lobos se encontraram no Palácio do Catete para receber a Ordem do Mérito, concedida pelo Presidente da República, Café Filho.

1960  É nomeado Vice-presidente do Departamento Cultural e Recreativo do Clube de Regatas Flamengo.

1961  Ary adoece de cirrose hepática e muda-se para um sítio em Araras.

1962  Parcialmente restabelecido, volta ao Rio e retoma seu progama da rede Tupi, "Encontro com Ary".

1963  No final do ano tem nova crise de cirrose hepática.

1964  No dia 9 de fevereiro, falece o compositor brasileiro mais conhecido no seu país e no exterior.

* com informações do site oficial

Oswaldo Montenegro apresenta o show "De Passagem", quinta (9), às 21h, no Theatro Pedro II


                                                                                                         Fotos: Divulgação

O cantor e compositor carioca Oswaldo Viveiros Montenegro apresenta o espetáculo "De Passagem", quinta-feira (9), a partir das 21h, no Theatro Pedro II, em Ribeirão Preto, SP. Aos 57 anos, sendo 31 de carreira, o artista possui 42 CDs e sete DVDs gravados (dois CDs de ouro, um de platina e um DVD de ouro).

Além dos sucessos consagrados, Oswaldo vai apresentar canções do álbum de inéditas "De Passagem", lançado em 2012. Elogiado pela crítica, o CD é tema de um concurso de dança realizado por Montenegro para homenagear a bailarina Ana Botafogo e dar visibilidade a talentos da dança. Montenegro oferece o prêmio de R$ 30 mil para as melhores performances. (clique aqui e saiba mais)

Em seu novo show, o artista toca violas de 6 e 12 cordas, além de piano, acompanhado pelos músicos que gravaram o álbum, com destaque para as faixas “A vida quis assim” e “Eu quero ser feliz agora”, essa última que alterna balada com canto ralentado.

Os ingressos para o show desta quinta-feira custam R$ 100 (inteira) e 50 (meia) para plateia, frisas e balcão nobre; e R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia) para balcão simples e galeria. O Theatro Pedro II fica na Rua Álvares Cabral, nº 370 - Centro.

Banda portuguesa The Gift se apresenta no projeto Mistura Boa do Sesc Ribeirão, quinta (9), às 20h30


                                                                                                    Fotos: Shervin Lainez

Prestes a completar duas décadas na estrada, a banda portuguesa The Gift está de volta ao Brasil para uma série de sete shows, nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Nesta quinta-feira (9), às 20h30, o grupo se apresenta em Ribeirão Preto, SP, no projeto Mistura Boa do Sesc. Na sexta-feira, o quarteto toca no Sesc de Araraquara, SP.

A banda, formada por Sónia Tavares (vocais), Nuno Gonçalves (teclados), John Gonçalves (teclados e baixo) e Miguel Ribeiro (guitarra e baixo) apresenta no Brasil o pop eletrônico dos dois últimos álbuns: Explode (2011) e Primavera (2012).

No início de 2012, o site Art Vinyl elegeu o disco Explode como uma das melhores capas de 2011. O álbum ficou em 27º lugar, numa lista de 50 melhores capas que inclui nomes como Coldplay, The Strokes e Jay-Z.

The Gift gravou sua primeira demo, a Digital Atmosphere, em 1997. Depois disso foram cinco álbuns de estúdio e um ao vivo: Vinyl (1998); Film (2001); AM-FM (2004); Fácil de Entender (ao vivo, em 2006); Explode (2011); e Primavera (2012). Escolhido como "Melhor Performance" pelo MTV Europe Music Awards, em 2005, o quarteto esteve no palco principal da edição portuguesa do Rock in Rio, em 2010.

Para as apresentações no Brasil, a banda convidou os músicos brasileiros Mário Barreiros (bateria), Israel Pereira (guitarra) e Paulo Praça (guitarra). No repertório do show a banda tocará a clássica Fácil de Entender, do disco homônimo de 2006, além do cover de Índios, da banda Legião Urbana.


O show de quinta-feira será no Galpão de Eventos do Sesc Ribeirão, que tem capacidade para 400 pessoas em pé. Os ingressos custam R$ 2,50 (para trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes), R$ 5,00 (para usuário matriculado e dependentes, aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública) e R$ 10,00 (inteira).

Professores da Escola Som Maior apresentam projeto autoral na Guitar Music, dia 7, às 19h30

                                                                                                                                                      Arquivo Som Maior
Julio Ricci, Diego Sangali, Rodrigo Carneiro, Gabriel Carvalho e João Bráulio

Os músicos Rodrigo Carneiro (contrabaixo), Diego Sangali (guitarra e viola), João Bráulio (guitarra), Julio Ricci (guitarra) e Gabriel Carvalho (bateria), participam de um projeto instrumental autoral, idealizado pelos professores da escola Som Maior. O grupo apresenta as composições na Guitar Music da rua Couto Magalhães, nº 322, loja próxima ao RibeirãoShopping, dia 7 de maio, a partir das 19h30.