sábado, 2 de outubro de 2010

Banda Sol de Papel apresenta canções do 1º CD, domingo (3), no Backstage Studio

A banda Sol de Papel apresenta canções do álbum O Quarto Estúdio, primeiro projeto do grupo a ser lançado em novembro, neste domingo (3), a partir das 16h, no Café Bar Cultural do Backstage Studio.


A banda independente, formada por Nandera Oliveira (bateria), Bruno Pessotti (baixo), Pedro Rubiani (voz) e Dr. Diguim (guitarra), tem incluência do rock dos anos 1990.

O bar fica na avenida Dr. João Palma Guião, 747 - Alto da Boa Vista, em Ribeirão Preto, SP. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3620-4566.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Banda 3Marias anima o domingo (3) de Ribeirão com samba, xote, baião e muito mais

Foto: Lika Novais

A Banda 3Marias agita o domingão (3) de Ribeirão Preto, no Armazén Esperanza, a partir das 19h. A constelação é formada por Nay Carvalho (voz), Marina Prado (violão e voz) e Larissa Nalini (percussão e voz), amigas ligadas há muito tempo através da música.

Com repertório essencialmente brasileiro, desde clássicos do samba, xote, baião e o que há de melhor da nova MPB, as 3Marias encantam o público que conta com todas as faixas etárias, sem restrição. O bar fica na rua Duque de Caxias, 1510. O igresso custa R$ 6.

Banda Senhor X leva rock'n roll a pub do Boulevard, neste sábado (2), às 23h59


A banda Senhor X sobe ao palco do pub Vila Dionísio, às 23h59 desde sábado (2), em Ribeirão Preto, SP. O grupo é formado por Carla Viana (voz, guitarra e efeitos), Beto Leonetti (guitarra, voz, piano e sintetizadores), Beto Braz (contrabaixo, voz e guitarra slide) e Wellington Ruvieri (bateria). O pub fica na rua Eliseu Guilherme, 567 - Boulevard.

Pimenta no Vatapá leva samba e choro a terraço da Independência, sexta (01), às 21h


O grupo Pimenta no Vatapá leva samba e choro de boa qualidade ao Terraço A Radio Luz, nesta sexta-feira, 1º de outubro, às 21h. Depois de dois meses se apresentando com convidados especiais como Alessandra Ramos e Paulo Almeida, o grupo retorna a sua formação original, com Alba Alessandra (voz e tamborin), Flora Milito (pandeiro), Guilherme Soares (violão 7 cordas) e Alexandre Peres (cavaco). O couvert custa R$ 5.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Jazz na Coisa desta sexta (01) apresenta especial do saxofonista John Coltrane, às 21h


A melodia do saxofonista norte-americano John Coltrane vai preencher o Espaço A Coisa, hoje (01), a partir das 21h, na 15ª edição projeto Jazz na Coisa. O Pó de Café Quarteto, formado por Bruno Barbosa (contrabaixo), Duda Lazarini (bateria), Marcelo Toledo (sax) e Leandro Cunha (piano), presta homenagem ao músico que revolucionou o jazz.

O quarteto vai apresentar composições de Coltrane, como Mr. P.C., Alabama e Impressions, além de outras grandes invenções do músico, como sua recriação definitiva para Afro Blue, de Mongo Santamaria.

Coltrane nasceu em 23 de setembro de 1926, na cidade de Hamlet, Carolina do Norte, EUA. Com uma carreira meteórica e curta – morreu aos 40 anos em decorrência de um câncer no fígado – foi destaque no quinteto liderado por Miles Davis que gravou discos fundamentais, como Cookin', Relaxin', Workin', Steamin' e o venerado Kind of Blue.

A partir de 1959, aos 33 anos, passa a liderar seu próprio grupo e grava o primeiro disco só com composições próprias, Giant Steps. A partir daí, surgem álbuns clássicos como My Favorite Things, Africa/Brass, Impressions e o monumental A Love Supreme.

Para o baixista do Pó de Café Quarteto, Bruno Barbosa, Coltrane está no grupo dos maiores da música. “Foi inovador, virtuoso, dotado de uma técnica impecável e expressiva”, resume Bruno.

O projeto Jazz na Coisa também conta com a participação do DJ Rodrigo Kcond, responsável pela programação musical na abertura da noite e nos intervalos da música ao vivo. E com a colaboração do designer Pedro Bó, que criou o cartaz especial, inspirado em um das mais tradicionais imagens de Coltrane.

Vale lembrar que o projeto Jazz na Coisa é uma realização quinzenal, sempre às sextas-feiras, com paozinho de queijo e cerveja gelada. O espaço fica na rua Amador Bueno, 1300. O couvert é R$ 10. A casa não trabalha com Cartão de Crédito. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 9205-6356.

Barítono Gabriel Locher é um dos selecionados no programa Prelúdio, da TV Cultura

O barítono Gabriel Locher, 24 anos, integrante da Cia. Minaz de Ribeirão Preto desde 1996, foi um dos 24 selecionados na audição do programa Prelúdio, da TV Cultura. O cantor foi um dos escolhidos entre 60 candidatos.

A audição foi coordenada pelo maestro Julio Medaglia, diretor artístico do programa, que passa aos domingos, às 16h. Locher foi escohido cantando a ária Eri Tu Che Macchiavi, da ópera Baile de Máscaras, de Giuseppe Verdi.

Licenciado em Educação Artística com Habilitação em Música pela Escola de Comunicação e Artes da USP Ribeirão Preto, Locher iniciou seus estudos de canto aos 17 anos com a maestrina Gisele Ganade, por quem ainda é orientado.

Participou de masterclasses e workshops com renomados cantores, entre eles, Jorge Vaz de Carvalho (Portugal), Richard Prada (Holanda), Adélia Issa (Brasil) e Niza de Castro Tank (Brasil). Atuou sob a batuta de maestros renomados como Roberto Minczuck, Antônio Pantaneschi, Norton Morozowicz, Cláudio Cruz, entre outros.


Como coralista e solista do Coral Minaz adulto, do Coral de Câmara e do Madrigal Minaz, participou de montagens como solista na cantata Carmina Burana (Carl Orff) e nas óperas A Flauta Mágica (Mozart) - como Papageno -, Pagliacci (Leoncavallo), e dos musicais Hair (Weller), Ópera do Malandro (Chico Buarque) e Saltimbancos (Luiz Enriquez).

Atualmente estuda tecnologia musical e orquestração sendo responsável pela gravação de áudio da série Movimento Violão, e também da gravação do CD Mosaico, do Madrigal Minaz. Atua como professor de musicalização de adultos na Cia.

Fred Sun Walk convida músicos para show em Ribeirão Preto, nesta quinta-feira (30), às 21h

                                                                Foto: Marcelo Cseh

O cantor e guitarrista de blues Fred Sun Walk recebe os músicos Frederico Vannini, Rafael Castro, Francinni Bessie e Camila Zambianchi, em noite de blues, nesta quinta-feira (30), a partir das 21h, no bar Villa das Flores, em Ribeirão Preto, SP.

Os músicos se unem no palco para dar vida à banda Blues Come Back, que apresenta o que há de melhor na nova safra do blues nacional. Os ingressos custam R$ 20 (individual) e R$ 100 (mesa para quatro pessoas). Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3635-7574.

Cantor e compositor Tuia comemora 15 anos de carreira com CD, hoje (30), às 20h, na Fnac


O cantor e compositor paulista Tuia lança, nesta quinta-feira (30), às 20h, na Fnac de Ribeirão Preto, SP, o CD/DVD Tuia ao Vivo. O álbum segue uma linha folk, em formato acústico, misturando todas as influências da carreira do artista e as principais músicas do repertório autoral.

Nascido no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, Tuia despontou nos anos 90 com a banda Dotô Jéka, gravando os CDs Tia Marieta e Fogo de Palha. Surgida em 1993, com uma proposta ousada e inovadora de misturar rock com música caipira, a Dotô Jéka se destacou pela sua originalidade, e que contou com o mesmo produtor dos Raimundos e Mundo Livre S/A.

Como compositor, o destaque fica por conta da música Cinderela Compulsiva, interpretada pela banda Luxúria (Sony-BMG) e Olhos Teus gravada pela banda "Voltz" (SomLivre).

O pocket show é gratuito e aberto para todos os públicos. Em Ribeirão Preto, a Fnac está na avenida Coronel Fernando Ferreira Leite, 1540 - Jd. California. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3238-3000.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Cantora Ilana Volcov resgata tradição das modinhas, hoje (29), em Ribeirão Preto


A cantora Ilana Volcov participa nesta quarta-feira (29), às 19h, na Oficina Cultural Candido Portinari, em Ribeirão Preto, SP, do projeto “Prosa de Saberes”. A artista é pesquisadora da modinha, primeiro gênero da canção brasileira, derivada da moda portuguesa, dramática e sentimental, que teve os principais poetas da época como primeiros letristas.

Ilana já trabalhou ao lado de compositores como Eduardo Gudin, Guinga e Vanessa da Mata, além de ter participado de discos de Zeca Baleiro, Vicente Falek e Beba Zanettini, Luis Nassif e no álbum “Um jeito de fazer samba”, de Gudin. A cantora gravou o CD Bangüê, expressão que significa cana-de-açúcar e remete à história da época do Brasil colonial.

As inscrições para o bate-papo de hoje podem ser feitas na sede da Oficina Cultural, rua Visconde de Inhaúma, 490, ou pelo e-mail oc.candidoportinari@gmail.com. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (16) 3625-6161 e 3625-6970.

Expomusic 2010 mostra tecnologia para ensino musical, que será obrigatório a partir de 2011


A Expomusic 2010 atraiu mais de 50 mil visitantes, de 22 a 26 de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo, SP. A feira, que este ano promoveu ampla programação de apresentações musicais, sessões de autógrafos e workshops, antecipou as novidades em instrumentos musicais que em breve chegarão ao mercado.

Na edição 2010 que antecede a volta do ensino musical às salas de aula (lei 11.769, a partir do ano que vem), a Feira Internacional da Música, Instrumentos Musicais, Áudio, Iluminação e Acessórios (Expomusic) reafirmou as potencialidades de um segmento que deve elevar seu faturamento a R$ 700 milhões já em 2011 e chegar a 1,5 bilhão até 2015.

Considerada a maior feira do segmento na América Latina, a Expomusic também apresentou este ano lançamentos que versaram sobre o tema Educação Musical nas escolas, desde softwares e material didático para o ensino da música até instrumentos próprios para crianças, com cores e design atraentes.


Segundo a cantora e compositora de Ribeirão Preto, Gabriela Junqueira Franco, o tema da Expomusic 2010 foi Aprender a Música com Tecnologia. "Sabe o que isso significa? Mais cultura para as crianças do nosso País. Afinal, fomentar a educação musical em uma criança é mais que plantar a semente da criatividade", disse.

"O que muito me alegrou foi conhecer um pouco do Projeto Villa Lobos, que é uma metodologia de ensino musical para as escolas, já que entrará em vigor a Lei 11.769, que institui a disciplina do ensino musical como atividade curricular obrigatória para a Educação Básica em todas as escolas do país, a partir de 2011", destacou.


Os detalhes da feira também chamaram a atenção de Gabriela. "Os violões ecológicos fizeram sucesso entre público e logistas. Os semicases moldados em EVA foram elogiados. Uma diversidade de infláveis criativos e arrojados chamavam a atenção e viravam ponto para as fotos. Grandes paredes de LEDS (foto) se destacavam e pontuaram esta grande tendência", conta.

"Para aqueles que não tiveram a oportunidade de conferir tudo isso de perto este ano, vai uma dica: a 28ª edição da Expomusic já tem data marcada. Será de 21 a 25 de setembro de 2011. Anote na agenda. Espero encontrar a galera de Ribeirão Preto por lá!", disse a cantora.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sanfona, zabumba e triângulo do Trio Sabiá animam o Sesc Ribeirão, quinta-feira (30)

O Trio Sábia apresenta um repertório de sucessos que consagraram os ritmos do nordeste, entre eles o forró pé de serra, nesta quinta-feira (30), a partir das 21h, no Galpão de Eventos do Sesc Ribeirão. O grupo é formado por Tio Jóca, Zito e Aluísio, músicos que defendem com unhas e dentes as raízes do Brasil, principalmente o Nordeste.


O grupo nasceu no bairro do Brás, em São Paulo, SP, no final de 1985. O Forró do Pedro Sertanejo foi o palco da primeira formação do trio, com Tio Jóca e outros dois baianos João Davi Cruz e José Miranda de Lima, o Roxinho, na zabumba. O grupo ainda não tinha nome, mas já se destacava.

O trio se chamaria Os Filhos da Bahia, mas acabou virando Trio Sabía para evitar o regionalismo sugerido pela primeira opção de nome. O trio voltou para a Bahia e começou a tocar em forró pé-de-serra outros estados do Nordeste. Neste período gravaram quatro LPs. No final de 1989, Davi saiu do Trio Sabiá para voltar a cantar sozinho. Roxinho também deixou o grupo.

Sebastião Lucindo da Silva, o Tião, assumiu o lugar de Davi como cantor. José Menezes de Bezerra Filho, o Zito, foi convidado a integrar o Trio Sábia, substituindo Roxinho. Com essa nova formação o trio chegou a gravar três LPs, em 1990, 1991 e 1992. No começo dos anos 1990, o grupo ganhou mais notoriedade após um show realizado no Vale do Anhangabaú, em São Paulo.

A apresentação abriu espaço para que o trio fosse incorporado ao movimento comportamental que estava surgindo, o forró para os universitários. No final de 1992, Tião deixou o Trio Sabiá. Em seu lugar entrou o sergipano José Aluízio de Jesus Cruz. Com essa formação, o grupo gravou mais dois LPs e cinco CDs, em uma trajetória de 11 anos.

Os ingressos para o show desta quinta custam R$ 10 (inteira), R$ 5 (usuário matriculado e dependentes, + 60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante) e R$ 2,50 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes). O Sesc fica na rua Tibiriça, 50 - Centro. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3977-4477.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Cantor Tavito apresenta seus sucessos nesta quinta-feira (30), às 21h, em bar do Irajá


O cantor, compositor, arranjador e produtor mineiro Tavito apresenta sucessos como Rua Ramalhete, Começo Meio e Fim, Casa no Campo, entre muitos outros, nesta quinta-feira (30), a partir das 21h, no Bar do Val. A apresentação faz parte da nova programação musical da casa, capitaneada pelo cantor e compositor Dimi Zumquê.

Luís Otávio de Melo Carvalho, o Tavito, nasceu em Belo Horizonte, MG, em 1948. Começou na música aos 13 anos, com um violão cravado de matripérolas. Daquele Giannini saíram os primeiros acordes para uma carreira de sucesso, incentivada nos anos 1960 por ninguém menos que o poetinha Vinícius de Morais.

Aprendeu música por conta própria, ao lado de de Milton Nascimento e de outros músicos mineiros, como Toninho Horta, Tavinho Moura e Nelson Angelo. Participou do conjunto Som Imaginário e no final da década de 1970 partiu para carreira solo. Produziu Marcos Valle, Renato Teixeira, Selma Reis e Sá & Guarabyra. Foi parceiro de Zé Rodrix.

Publicitário, tavito se afastou dos palcos na década de 1990 para se dedicar às composições, aos arranjos e à publicidade, atividade que o acompanha até hoje. Em 2009 lançou o CD Tudo, após mais de duas décadas sem gravar. O álbum traz 14 faixas, incluindo grandes sucessos do artista.

A nova programação musical do Bar do Val inclui, às terças-feiras, chorinho e samba, a partir das 19h, com couvert de R$ 4. Toda quarta, tem samba e futebol, às 19h, também por R$ 4. A quinta é reservada para o projeto Ensaio Aberto, sempre com um convidado especial, a partir das 21h, com convert de R$ 10.


Às sextas e sábados, tem MPB, às 20h, com valor de R$ 5. Domingo é dia de samba de roda, a partir das 19h, por R$ 7. O bar fica na avenida Senador Cesar Vergueiro, nº 1.115 - Jd. Irajá. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3911-2171.

domingo, 26 de setembro de 2010

ENTREVISTA - Verônica Ferriani

Além das palavras
Levando a música na pele

por *Caio Garrido

Que o mundo dá voltas, todo mundo sabe. Fisicamente e em acontecimentos, verdades, nuances, que mudam a cada instante. Ininterruptamente. E quando o mundo gira dentro da gente, é porque algo está mudando lá fora também. A música, exemplo raro de contato com a nossa pele, com o nosso tato. É a transmigração de algo impalpável pra dentro de nós.

Sinta o contato da música e da palpável entrevista com a cantora ribeirãopretana Verônica Ferriani, exemplo de caminho possível para a música que gira sem perder suas verdadeiras influências. No seu último álbum “Sobre Palavras”, ela destila uma singeleza de canções, parceria que desenvolveu com o compositor Chico Saraiva e com as palavras do disco assinadas pelo letrista Mauro Aguiar.

Foto: Alê Cabral

Caio Garrido - Compor melodias através de letras foi o principal mote do cd. Como você encarou o processo de interpretação das músicas? A partir de um ponto de vista subjetivo seu sobre as letras de Mauro, ou a partir de alguma pré-definição dele?

Verônica Ferriani - O fato de o CD se chamar "Sobre Palavras" realmente dá importância ainda maior as palavras, e uma grande responsabilidade para quem interpreta. Mas na verdade, o cuidado com o texto sempre foi uma intenção minha ao cantar. Acho que quando me escolheram, Chico Saraiva e Mauro Aguiar - que já me conheciam bem - , buscavam justamente alguém que tivesse uma preocupação e um ponto de vista próprio sobre as letras. Parti de algo subjetivo e fui achando minha maneira de ver e sentir aqueles temas. É instintivo.

CG - Como foi o processo de composição e de arranjo, tanto para os instrumentos como para sua voz?
Foto: Edu Marin
VF - Chico e Mauro já tinham composto algumas coisas juntos em trabalhos anteriores, mas no primeiro semestre de 2008 Mauro enviou ao Chico um calhamaço de letras, sobre os quais Chico começou a fazer músicas. Em setembro, num show em que cantei com Chico e Francis Hime, Chico me contou o que andava compondo e que gostaria de mostrá-las para quem sabe pensarmos num projeto juntos. Eu estava com meu primeiro disco solo pronto para ser lançado e poderia ser confuso naquele momento; mas quando ouvi, não resisti. Gravamos 3 músicas em novembro e enviamos para o Projeto Pixinguinha (Funarte - MinC). Para nossa alegria, fomos selecionados. A partir daí Chico compôs ainda outras músicas e juntos fomos fazendo um ou outro ajuste, em ensaios voz e violão, sempre debatendo com o Mauro. Das 18 ou 19 compostas, escolhemos 13. Nestes ensaios fomos pensando em pré-arranjos, quais músicos chamar e numa concepção do disco de forma que fosse nosso, não meu ou dele. Isso em janeiro e fevereiro de 2009. Em abril entramos em estúdio com os músicos e começamos a gravar. O disco saiu em setembro de 2009.

CG - O que mais te agrada no mundo da música e do samba particularmente? Um samba, uma música brasileira mais intimista como no álbum “Sobre Palavras”, ou a “criatura” sem freio do samba que se impõe na roda e no fervor do ritmo?

VF -Minha maior característica é não me ater a aspectos formais ou gêneros específicos. Gosto do lirismo e do suingue. Do íntimo, do sutil e da catarse. Do sofisticado e do popular. Não gosto de me prender. Gosto de dizer o que sinto que saberei dizer. E vou no que a música me propõe.

CG - Você toca algum instrumento? Compõe?

                                             Foto: Alê Cabral
VF - Toco um pouco de violão desde pequena e percussão desde que me apaixonei pelo samba. Composição é algo bem recente, mas está começando a acontecer, sim. Meu próximo disco solo deve ter algumas minhas.

CG - Você tem expectativas de flertar por outros estilos musicais? Quais serão seus próximos e imediatos projetos?

VF - Sou aberta ao que me comove e, nesse sentido, tudo pode acontecer. O que ando fazendo são os shows de meus discos: o CD solo, com o qual estou indo para Salvador e interior de SP em setembro, o Sobre Palavras e o disco que gravei com a Gafieira São Paulo em 2008, que está sendo lançado com uma temporada no Tom Jazz, em SP. Também tenho feito shows de projetos comemorativos do centenário de Adoniran Barbosa e Noel Rosa este ano, entre outras coisas. Para o futuro, começo a pensar num próximo disco solo, mas para ficar pronto somente no final de 2011.



CG - Se sua música tivesse um cheiro, qual você acha que seria? Você acredita na capacidade sinestésica da música?

VF - Acredito, claro. Música é subjetiva, é magia ampla. Talvez a minha teria um pouco o cheiro de mato do interior, ainda que não seja um som regional. Gosto de cantar olhando no olho e com sorriso no rosto (ou a expressão que for devida), de ser a mesma em cima do palco e na vida cotidiana. Uma coisa com a qual não me identifico com parte da nova geração é que não sou blasé. E creio que isso seja um traço que trago por ser uma garota do interior.

*Caio Garrido é baterista e amante da boa música. Colaborador da Revista Modern Drummer Brasil e do blog RIBEIRÃO PRETO MUSICAL. Também é idealizador do blog Música Contemporânea

Temporada de Música de Câmara leva Cauim Jazz Band e Sinfônica ao Pedro II, dia 28

A USP-Cauim Jazz Band e a Banda Sinfônica, sob regência de José Gustavo Julião de Camargo, se apresentam nesta sexta-feira (28), às 21h, no Theatro Pedro II, em Ribeirão Perto, SP. O evento faz parte da Temporada de Música de Câmara, realizada pela Fundação D. Pedro II, Grupo Pró-Música e USP (CCRP, Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária e Curso de Música de Ribeirão Preto).

A abertura do programa terá a apresentação de “The Olympics: A Centennial Celebration”, música de John Williams, com arranjos para Banda Sinfonica de John Moss. Em seguida, o solista Ricardo Pacheco executa “Concerto para Trombone e Banda” de Rimsky-Korsakov, além de “Lament and Tribal Dance” (Michael Sweeney), “Three Moon” (Ralph Hultgren) e “Sun Dance” (Frank Ticheli).

Confira o solo do trombonista Ricardo Pacheco, no Concertino para Trombone e Orquestra (Parte III), de Ferdinand David



O repertório terá ainda clássicos do Jazz executados pela USP-Cauim Jazz Band. Os ingressos para o show desta sexta custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Estudantes não pagam. A classificação é livre. O Pedro II fica na rua Álvares Cabral, nº 370, no Centro de Ribeirão Preto. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3977-8111.

José Gustavo Julião de Camargo é compositor, regente, arranjador e instrumentista, formado em Composição e Regência pela Universidade de Campinas (Unicamp). Iniciou os estudos em 1978, em Ribeirão Preto, SP, com Mário Nacarato e Cristina Emboaba. Na mesma época participou como coralista do Madrigal Revivis e como cantor e arranjador do Grupo Habeas.

Como instrumentista (clarineta e clarone) atuou na Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, Orquestra Sinfônica Jovem de Campinas e no grupo musical Pipoca Moderna (1983 a 1986). Participou também como contrabaixista do grupo “É tudo cena dela”, com o qual gravou dois Cds: “Tamarindos para quem quiser“ e “Vida Colorida” (música infantil).

Como compositor tem escrito música teatro, dança, instrumento solo, obras orquestrais e corais. De 2000 a 2004, o regente ministrou seminários sobre música brasileira e composição nas cidades italianas de Faenza, Ferrara, Cosenza e no conservatório de Perugia.

Camargo foi diretor musical e arranjador do coro-cênico “Bossa Nossa” com o qual realizou intensa atividade artística no Brasil e no exterior. levou o espetáculo "Conversa de Botequim" à Grécia, em 1995. Em 1997, realizou turnê na Itália com o espetáculo Bossa@USP.BR.

Desde 1988 é orientador de Estruturação Musical da Seção de Atividades Culturais da Prefeitura do Campus Administrativo da USP em Ribeirão Preto (PCARP-USP). Atualmente está ligado ao Departamento de Música da ECA-USP/RP. Atua como regente da Banda Municipal de Sertãozinho (A Furiosa) e da USP-Cauim Jazz Band.

Confira a aperformance da USP -Cauim Jazz Band, sob regência de Camargo, na X Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto, realizada em 2010.