quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Companhia Engasga Gato homenageia Adoniran Barbosa, hoje (4), no Sesc


A companhia de teatro Engasga Gato, de Ribeirão Perto, vai apresentar o espetáculo "Eu Fiz Comigo Mesmo", ao lado do grupo Couro e Cordas, em homenagem ao centenário de nascimento do cantor e compositor Adoniran Barbosa. O show será nesta quarta-feira (4), a partir das 21h, no auditório do Sesc Ribeirão.

Adoniram Barbosa, que completaria 100 anos na próxima sexta-feira, 6 de agosto, será interpretado pelo ator Fausto Ribeiro (foto abaixo), 26 anos. Em maio, Fausto já havia participado de um tributo a Adoniran, no projeto Encontro com a Música, no Shopping Santa Úrsula, em Ribeirão Preto.


O espetáculo desta quarta-feira foi escrito pelo professor e músico Sandro Cunha. O show apresenta 18 canções intercaladas por pequenas histórias sobre a música e a vida de João Rubinato, nome verdadeiro de Adoniran, que nasceu em Valinhos, dia 6 de agosto de 1910.

Compositor, cantor, humorista e ator, o artista representava em programas de rádio diversos personagens, entre os quais, Adoniran Barbosa, o qual acabou por se confundir com seu criador dada a sua popularidade frente aos demais.

Adoniran foi o responsável por refutar o título de São Paulo ser o "Túmulo do Samba”. Colocou na boca de todo o Brasil o samba paulistano. Não há ninguém que não conheça pelo menos um dos seus sucessos. Roda de samba de brasileiro que se preze, no mundo inteiro, tem presença obrigatória da obra deste marco do samba.

O início da carreira não foi nada fácil. Rubinato enfrentou gongos e outras rejeições. Chegou a gravar um disco, Agora pode Chorar, que não faz sucesso algum. Mas insistiu. Como Adoniran, sambista das ruas, começou a fazer sucesso nas rádios, com uma liguagem peculiar. É dele clássicos como Samba do Arnesto, Praça da Sé, Samba Italiano, As Mariposa, No Morro da Casa Verde, Tiro ao Álvaro, Trem das Onze, entre outras.

Nos últimos anos de vida, com o enfisema pulmonar avançando, largou a vida boêmia e fazia algumas gravações, mas com dificuldade. Já compunha pouco. Dedicava-se a uma pequena arte, com pedaços velhos de lata e madeira, que eram tranformados em rodas-gigantes, trens de ferro e carrosséis, movidos a eletricidade. Fazia também enfeites, cigarreiras, bibelôs, etc. Adoniran Barbosa morreu dia 23 de novembro de 1982, aos 72 anos.


Os ingressos para o espetáculo de hoje custam R$ 10 (inteira), R$ 5 (usuário matriculado e dependentes, idosos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$ 2,50 (trabalhador no comércio e serviços matriculado e dependentes). O Sesc fica na Rua Tibiriçá, 50 - Centro. Informações pelo telefone (16) 3977-4477.

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