segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O "DIA DO MÚSICO" na avenida Paulista

(...) e na avenida Paulista, em Sampa, estátuas vivas, palhaços, saxofonistas, guitarristas e malabaristas são enquadrados pela Operação Delegada, uma ação da Polícia Militar em parceria com a Prefeitura e Governo do Estado, com o objetivo de coibir e enquadrar o comércio ambulante ilegal nas principais vias do município. Arte não pode?

PM expulsa músicos de
rua da Avenida Paulista

Agência Estado

Músicos e artistas de rua estão sendo impedidos de se apresentar nas calçadas da Avenida Paulista. A proibição começou há pouco mais de um mês, quando a via passou a ser monitorada pela Operação Delegada, na qual PMs trabalham para a Prefeitura de São Paulo nos dias de folga e têm a missão de coibir o comércio ambulante. As estátuas vivas e os tocadores de violão estão entre os mais atingidos.

Na semana passada, o músico Marcio Aguiar, de 37 anos, imitava o cantor Raul Seixas quando foi abordado por um soldado, próximo da Alameda Casa Branca. "Ele me disse que eu não poderia colocar caixinha no chão (para receber contribuições do público)", contou.

"Depois, veio uma tenente e falou que era a minha última chance antes que meu violão fosse apreendido." Aguiar saiu do local e disse que o clima é de tensão. "Aqui sempre foi um corredor de arte. Agora virou da repressão". Com o professor de guitarra Rafael Pio, de 30 anos, a situação foi mais complicada. O rapaz foi detido e liberado no mesmo dia depois que teve sua guitarra e um amplificador apreendidos.

A PM informou que as manifestações culturais podem ser exercidas em qualquer lugar e que respeita e garante os termos constitucionais. A corporação diz que "quando há qualquer tipo de exploração comercial, caracteriza-se um evento e há a necessidade de autorização da Prefeitura". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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