quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Renato Teixeira se apresenta nesta quinta-feira (14), a partir das 21h, no Theatro Pedro II

Foto: Marcelo Rossi

O cantor e compositor paulista Renato Teixeira se apresenta nesta quinta-feira (14), às 21h, no Theatro Pedro II, em Ribeirão Preto, SP. O artista, com mais de quatro décadas de carreira, é um legítimo representante da música regional e goza do prestígio de ser um dos responsáveis por levar a música do interior paulista a todo o País.

Autor de Romaria, um dos mais importantes sucessos da carreira, Renato acaba de gravar um DVD com o também cantor e compositor Sérgio Reis. O artista já tem planos de lançar um trabalho com cantor e violeiro Almir Sater, tradicional parceiro de Renato. Apesar da amizade, os dois ainda não gravaram um disco juntos.
Foto: Haroldo Kennedy

"A parceria com Almir Sater é um grande momento na minha história. Juntos compomos alguns sucessos que são fundamentais para a sustentação das nossas carreiras. As mais conhecidas são Um Violeiro Toca e Tocando Em Frente", conta Renato.

Outra parceria destacada pelo músico foi com a dupla Pena Branca e Xavantinho. "Nosso encontro foi em Aparecida do Norte no início dos anos oitenta e, juntos gravamos o disco Ao Vivo em Tatuí, que se transformou num marco no gênero. Aprendi muito com esses dois companheiros, verdadeiros representantes da cultura caipira", revelou.

Renato Teixeira nasceu em Santos, SP, em 1945. Viveu a infância no litoral paulista e experimentou os ares do interior paulista na adolescência. "Muitos estranham o fato da minha música ter origens caipiras e eu ser caiçara, nascido em Santos. Vejo isso como uma questão puramente familiar. São fatos circunstanciais, apenas", conta.

"Passei a infância em Ubatuba e a adolescência no interior do Estado. Meu pai melhorou de emprego com essa mudança. Eu e meu irmão já estávamos em idade escolar. Taubaté, naquele momento, era mais conveniente. Mudamos para lá. E foi muito bom. A música, em Ubatuba, já fazia parte do meu dia-a-dia".

Jovem, nos anos 1960, Renato se deparou com a escolha entre a música e a arquitetura. Optou pela música. Fez chegar às mãos do ator e comediante Renato Consorte uma fita K7 com suas canções. O material chetou aos ouvidos do promotor artístico Walter Silva. Renato teve as portas abertas para participar do Festival da Record de 1967.


 "Minha música era Dadá Maria e foi defendida pela Gal Costa, também em começo de carreira, e pelo Silvio César. Mas, no disco do festival, quem canta com Gal sou eu. Foi minha primeira gravação. Participei daquela fatia da história da MPB como um espectador privilegiado", lembra Renato, que sempre foi um defensor da verdadeira música caipira.

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