domingo, 5 de dezembro de 2010

ENTREVISTA - Eduardo Machado

por Ale Carolo

Eduardo Machado começou tocar baixo aos 12 anos. Durante dois anos, foi aluno do renomado baixista Celso Pixinga, no Baixo Mania. Também estudou no MI (Bass Institute Technology), em Londres, e se formou em MPB e Jazz no Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos de Tatuí. Músico profissional há 24 anos, Eduardo é dono de uma versatilidade ímpar, passando por diversos estilos musicais com destreza e musicalidade.
Fotos: Ale Carolo

Já participou de shows e gravações com grandes nomes da música brasileira e internacional tais como Diego Figueiredo, Arthur Maia, Roberto Menescal, Jair Rodrigues, Bob Wyatt, Robertinho Silva, Cyrille Aimée, Chico Oliveira, Toninho Ferragutti, Michel Leme, Alexandre Cunha, Gabriel Grossi, Alexandre Reis, Mauro Hector, Jarbas Barbosa, Zuzo Moussawer, Marku Ribas, Orquestra Laércio de Franca, Daniel Santiago, Alexandre Magno, Chuck Silverman, Moisés Alves (Paraíba), Rio Negro e Solimões, entre outros.

Em 2007, participou do primeiro Bass Festival Souza Lima & Cover Baixo, ficando em segundo lugar. O evento reuniu baixistas de todo o Brasil. Em 2009 lançou seu primeiro CD autoral "Eduardo Machado" com críticas positivas de sites especializados. O músico vem realizando shows com seu Quinteto por todo o Brasil e participando de festivais como o Savassi Jazz Festival (Belo Horizonte MG), Joinville Jazz Festival, Femusic (Maringá PR), Funarte (João Pessoa PB), entre outros.

No ano passado lançou também seu primeiro DVD, com a participação especial de Arthur Maia, que é considerado pela crítica especializada como um dos melhores baixistas do mundo. Eduardo é professor de música e vem se dedicando e este ofício há mais de 18 anos, no IGB Instituto de Guitarra e Baixo, uma das escolas de música mais conceituadas de Franca e região.

O IGB faz parte do SLCE, uma parceria com a Faculdade Souza Lima & Berklee, sendo umas das poucas escolas de música do Brasil a fazer parte desse convênio. Eduardo também acompanha o guitarrista Diego Figueiredo, um dos grandes nomes da música instrumental brasileira da atualidade. Com ele, Eduardo vem realizando shows pelo Brasil, América Latina e Europa.


O que o motivou a optar pela carreira de músico?
Bom, acho que tive muita sorte porque comecei a tocar muito cedo, aos 12 anos, com o incentivo do meu pai. Logo já descobri que era isso que eu queira fazer pelo resto da minha vida. Então comecei a estudar pra me preparar para o mercado musical.

Quais as principais dificuldades desta profissão?
Na profissão de músico existem algumas dificuldades, como em qualquer outra profissão, advogado, mecânico, dentista, secretária, etc., porém o que mais senti no começo de minha trajetória foi o preconceito por eu ser músico. Sempre tinha aquela famosa pergunta, “mas você só toca, não trabalha?". Mas, com o passar do tempo, sinto que a sociedade encara isso com mais naturalidade

Que conselhos você daria aos jovens músicos que pretendem seguir essa carreira?
Estudem muito! Hoje em dia temos muitas escolas boas, ótimos métodos, instrumentos bons de fácil aquisição, internet, e muita concorrência. Mas uma coisa é certa, nunca desistam dos seus sonhos. Tocar é uma coisa divina. Como disse Hermeto Pascoal “tocar é sentir a presença de Deus pelo som”.

Como é sua rotina de estudos?
Devido ao trabalho, viagens, não tenho uma rotina certa, mas procuro estudar todos os dias para manter a técnica em dia. Somos os atletas do som.

Quais são suas influências?
Sempre escutei muita música, MPB, rock, blues, soul, reggae, jazz, etc.. Tenho muita influência dos principais mestres desses estilos, como Tom Jobim, Gilberto Gil, Djavan, Milton Nascimento, Elis Regina, Ed Motta, Hamilton de Holanda, Hermeto Pascoal, Deep Purple, Rush, Led, Jimi Hendrix, RATM , Primus, Bob Marley, Stevie Wonder, James Brown, Head Hunters, Weather Report, Charlie Parker, Herbie Hancock, Miles Davis e claro dos baixista como Jaco Pastorius, Marcus Miller, Gary Willis, Victor Bailey, Arthur Maia, Luizão Maia, Sizão Machado, Adriano Giffoni.

Um comentário:

  1. tenho a honra de conheçer este moço,jovem contra-baixista, que realmente tem um talento espantoso,e uma carreira maravilhosa apesar de tão jovem,e fico feliz por saber que ele faz parte da nova geração de mestres do contra-baixo,e que mora em uma cidade que adoro que é Franca,apesar de ele ser paulista.Só posso desejar para ele muito,mais muito sucesso,e que Deus continue lhe dando inspiração musical em todos os gêneros,além da humildade e respeito que já lhe é peculiar.....joás

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