quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Volta do ensino musical deve aquecer o segmento de instrumentos musicais em 2011

Com a implantação da Lei 11.769, que estabelece a volta do ensino musical à educação básica, o segmento de instrumentos musicais, acessórios e afins deve ter suas vendas impulsionadas já a partir deste ano, quando se espera um crescimento mínimo de 10%.

Foto: Arquivo/O Globo

Extinto em 1971, durante a ditadura militar, o ensino musical estará de volta à grade curricular de ensino já a partir do próximo ano. Com a alteração da LDB, a música passa a ser o único conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, na disciplina de Artes.

Não por acaso, o mercado já se prepara para atender a demanda por instrumentos musicais e acessórios. Depois de faturar R$ 555 milhões em 2009, o setor deve chegar a R$ 610 milhões até o final deste ano.

No embalo dessas estimativas, de 22 a 26 de setembro São Paulo recebe a Expomusic 2010 (27ª Feira Internacional da Música, Instrumentos Musicais, Áudio, Iluminação e Acessórios), que acontece em clima de grande expectativa, já que o evento é considerado termômetro de um mercado que até 2011 deve alcançar um faturamento de R$ 700 milhões por conta da implantação da lei.

Além da alta demanda por instrumentos musicais e acessórios, a mudança na LDB deve ocasionar uma expansão da oferta de trabalho e da procura por material didático. Hoje existem 50 milhões de jovens no País, dos quais 34 milhões estão nas escolas.

Foto: Comunicação/Dom Bosco

Estimativas da Abemúsica (Associação Brasileira da Música) indicam que o número de professores especializados hoje no Brasil não passa de 10 mil. Considerando o volume de alunos que cursam o ensino básico, a entidade prevê que a partir do momento em que a lei entrar em vigor será necessário um quadro mínimo de um milhão de professores.

Vale lembrar que, independentemente do cenário traçado para 2011, números estimados para o final deste ano já apontam um crescimento considerável no volume de alunos matriculados em escolas de música. Em 2004, havia dois milhões de jovens; até o final de 2010, a Abemúsica acredita que esse número chegue a cinco milhões.

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